sexta-feira, 25 de julho de 2008

quinta-feira, 24 de julho de 2008

feel that someone pray



originalmente postado aqui

Serão os toureiros bichas?

Uma coisa que vi e não gostei quando cheguei a Portugal em 1974, foram touradas.
Desde esse 1º momento, sempre me irritaram as touradas.
E sempre achei aquelas danças e aqueles gestos à volta daqueles bichos tão machos, uma coisa abichanada.
Acho que na origem, quem toureava eram gajas...
Depois, devem ter aparecido uns ciumentos para tirar-lhes o lugar...
Gajas a tourear é mto + bonito!
E é muito mais digno para um macho com a majestade dum touro, ser fintado e alfinetado por uma gaja!

Serão os gajos que vão às touradas, bichas?
originalmente escrito algures...

o fim do romantismo dos aeroportos



Em 1974, não sabíamos o que fazer.
Estávamos em Angola há 11 anos e há 7 que não voltávamos a Portugal.

No alto dos meus 13 anos, não imaginava viver fora de Luanda, cidade que todos amávamos profundamente.
Porém os traços incandescentes das primeiras trocas de fogo sobre o Norte de Luanda, levou-nos a ir para Lisboa à experiência...
Comprámos bilhetes para poucos dias depois, com algum favor.
As viagens de avião sempre tinham sido agradáveis para mim, até então...
Mas a TAP sobrecarregada de trabalho, fretou alguns serviços a outras companhias mais ou menos conhecidas.
Calhou-nos uma desconhecida, a BWA "Bahamas World Airways", com um Boeing 707 velho, mais curto que o normal e com menor autonomia.
Soube depois, que esta companhia estava em processo de liquidação e que deixou de existir poucas semanas mais tarde.
As cadeiras eram desconfortáveis e o pessoal de bordo ineficaz.
Fizemos escala no Sal, Cabo Verde, para reabastecer o avião.
A viagem foi longa e cansativa. À chegada a Lisboa, estivemos quase uma hora à espera de ordem para aterrar.
Foi um sofrimento interminável, com os poços de ar constantes e ventos habituais em pleno Verão sobre Lisboa.

Sempre gostei de aviões e do ambiente dos aeroportos.
Em Luanda, faziam-se serões na esplanada do aeroporto.
Aquele espaço e aquele ambiente eram muito agradáveis e elegantes.
Até o movimento próprio do aeroporto, dos passageiros, das mercadorias, das chegadas e das partidas espaçadas e ordenadas dos aviões era elegante.
Sei agora, que esse ambiente corresponde na linguagem dos apreciadores das viagens de avião, à "época romântica da aviação".

Pois à chegada ao aeroporto de Lisboa, e depois daquela exasperante experiência até aterrar, entrámos no que parecia o caos do movimento e do ruído.
Depois, ficámos em casa de uns tios em Sacavém por umas semanas, até decidirmos o que fazer.
Não sabíamos se íamos ficar 1 mês ou 1 ano.
Durante essas talvez duas semanas, aquele ruído dos aviões que eu achava encantador, tornou-se insuportável pela proximidade da casa onde estávamos, do aeroporto.
É preciso lembrar que naquela altura, os aviões propagavam o seu ruído, sem exagero, 10 vezes mais do que agora. Hoje, naquele local de Sacavém, quase não se ouve 1 avião...

Em 1975, concluímos que não estávamos no nosso mundo e decidimos regressar a Luanda. Chegámos na noite de 2ª para 3ª fª de Carnaval. Tinha começado a luta sangrenta entre o MPLA e a FNLA, o recolher obrigatório, a falta de alimentos e de bens essenciais...
originalmente postado aqui, mesmo

terça-feira, 15 de julho de 2008

Bom Dia :-)


Antoine Dufour "Catching The Light"
originalmente postado aqui

de férias passadas

Cerca de 1985, Costa Vicentina, Alentejo.
Caminhámos pela praia talvez 15Km, de Porto Covo a Milfontes. Com alguns intervalos para mergulhar num mar aberto, algo bravo e puro. Durante todo o percurso, quase não se via viv'alma. Apenas alguns grupos de campistas que mais pareciam índios, com pinturas à base de carvão nas caras e nos corpos, e "tendas" de canas e farrapos. Parecia uma cena MadMax pós apocalipse...

Milfontes era (ainda deve ser) um lugar sem povoamento. Escarpas sem praia e falésias, junto ao mar. Tem um pequeno porto de pesca algo abandonado e nada mais.
A característica da zona que lhe deu nome, vem das cascatas que saem dessas escarpas. São resultado de charcos e lençóis de água "quebrados" nessas escarpas, que proporcionam belíssimos duches e viveiros de agriões.

Perto da Zambujeira do Mar, combinámos jantar "a melhor caldeirada do Alentejo", o que significa a melhor caldeirada do Mundo.
No meio de nada, por caminhos tortuosos e já a escurecer, demos a um enorme barracão com um barulhento gerador eléctrico a Diesel a dar as Boas Vindas.
O sítio era magnífico, sobre uma altíssima escarpa junto ao Atlântico.
Ali perto, o único sinal de presença humana, era uma pequena enseada com pequenas embarcações de pesca em abrigo.
Veio então a Caldeirada de peixe, que era uma coisa divinal.
Éramos 6 portugueses e 6 alemães. Nós, os tugas, estávamos a meio do festim, quando notámos que os alemães não comiam...
Os pobres olhavam enojados para os pratos, com repulsa pelo aspecto do tamboril e do cação, estragavam o resto dos "bichos" que tinham um ar mais "Europeu"...
E justificaram então, que na Alemanha só compram peixe arranjado e que nunca viram nem comeram peixe por arranjar no prato...
Com as melhores das intenções, e porque ali não havia alternativa (ou peixe, ou nada) tentávamos mostrar como se usavam os talheres e como se come o peixe. Germans learning to eat with the portugiesischen? Nein. No way! Alemães a desmanchar um bicho no prato? Que coisa primitiva para gente civilizada e desenvolvida...
O "R tuga" que é enorme, levanta-se e dirige-se furioso aos alemães: Are you seeing people in that table? They're Italians and they make cars and computers. And they're eating CAHLDEIRAHDAH.
originalmente postado algures em 2008-02-20

sábado, 12 de julho de 2008

Bernard Cahier

A História do Automobilismo jamais seria a mesma sem Cahier.
Com a sua simpatia e com o seu carácter peculiares, fez muitos amigos em todo o Mundo, inclusivé em Portugal e em Angola.

Fotografava como ninguém e transportava para as imagens que gravou, um romantismo e uma paixão invulgares pelo automobilismo e pelas pessoas nele envolvidas. Porque eram os seus amigos que ele fotografava.

No mundo do automobilismo, ninguém ficou indiferente à sua partida. É o exemplo de GrandPrix.com .

originalmente postado aqui

from lost musics sessions


originalmente postado aqui

terça-feira, 8 de julho de 2008

Mark Lanegan

the Gutter Twins "All Misery / Flowers" (Saturnalia)
originalmente postado aqui

sinais de um tempo breve




originalmente postado já não sei onde...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

... dizer OLÁ!... :-)

... ou Boa Noite, ou Bom Dia... Sempre assim. Para quem gosto:



Andy McKee 'Nakagawa san'
variação deste post

terça-feira, 1 de julho de 2008

To Survive

Ouvir Joan Wasser é uma delícia. Eis "To America".

Ouço Joan As Police Woman constantemente.

É uma "cantautora" recentemente divulgada.
Daí existir pouco material para mostrar num post.
Mas o que existe é já tão bom, que não espero mais.

"To Survive" ao vivo, num clip sofrível. Vale pela música e pela letra*:



Ainda "To Survive" (som estúdio).

Para ver mais na BBC6music: o clip "Holiday". Mais abaixo nessa pag, os links do site oficial da artista e do "spacemusic". A explorar na totalidade.

*E a ajuda duma Flor: "gosto mto dela.
"to survive" e lindo e sofrido ja que ela escreveu enquanto a mae lutava contra o cancro ( e "honour wishes" tb)"

variação deste post