sábado, 25 de julho de 2009
um outro eclipse
Haviam tantas canções que eu gostava de postar... Mas são todas novas, ainda sem clips...
Assim, vai esta antiga sobre um certo estado de alma:
Metade do tempo em que eu repouso em desordem eu penso num sonho que eu nunca tive... Então eu desperto. E por momentos eu chamo o teu nome na casa do Colin... Mas os bebés resignam-se de uma maneira própria... Ah, eu podia recriar um pouco desse maravilhoso desespero que eu sintia, mas ao acordar eu volto-me para a parede... O carro chega e leva-me novamente deslizando por entre aviões imaginários, homens em combate a bordo de uma jangada e um veleiro encalhado. Nestes momentos a confiança é preciosa... Mas cada personagem pilha o meu lar e leva tudo o que é meu. Não, eu não tenho a certeza sobre estas coisas que me inquietam Oh não, eu não tenho certeza, já não tenho a certeza... |
Half the time as I sit in disarray I am thinking of a dream I never had Then I awake, and for a while I call your name in Colin’s house But tiny children have a way of falling down Oh, I could make a meal Of that wonderful despair I feel But waking up I turn and face the wall The car arrives and takes me back again Drifting through imaginary planes And fighting men aboard a raft A sailing ship has run aground And confidence is valued in these days But each character Is plundering my home And taking everything that is my own Oh no, I’m not sure about Those things that I care about Oh no, I’m not sure, not any more... |
segunda-feira, 20 de julho de 2009
História do Circuito da Fortaleza
Outras houve, mais curtas. Também se realizaram várias provas neste circuito inseridas em Ralis. Algumas dessas provas, fizeram-se em sentido inverso ao da imagem. Em 1968 também houve corridas de velocidade em sentido contrário.
Este circuito, está umbilicalmente ligado à história da cidade de Luanda, pois nasceu quase ao mesmo tempo que a metade dos arruamentos que percorria.
Tem o nome obviamente ligado à fortificação de defesa do ocidente da cidade, a Fortaleza de São Miguel, situada num monte circundado a ¾ por mar.
Até finais do sec XIX, nada havia em torno desse monte, para além de alguns caminhos e de uma ponte em madeira que ligava à ilha.
Até que foi iniciado o Caminho de Ferro de Ambaca, que ligava Luanda a essa povoação, anos antes de chegar a Malange. Esta linha, tinha vários ramais em Luanda e um deles circundava toda a cidade. Estes ramais destinavam-se ao serviço de passageiros e de mercadorias, com estações como a da Cidade Alta. Esta linha, servia também o porto de Luanda, na altura situado em vários pontos servidos por pequenos cais, como nas Portas de Mar ou no Largo Infante D. Henrique / Largo do Baleizão.
Perto desses cais, situavam-se inúmeros armazéns, indústrias e serviços ligados à navegação.
O principal eixo da cidade, era a Av Restauradores - Rua Salvador Correia (actual Rua Rainha Ginga) e ligava o Largo Infante D. Henrique / Largo do Baleizão, continuando para Leste passando o Largo D Fernando, da Livraria Lello. Estes arruamentos, também vieram a fazer parte do Circuito.
Para o caminho de ferro circundar o sopé do monte da fortaleza, foi feito um primeiro aterro.
Esta estrutura, serviu até ao final da 2ª Guerra Mundial, após o que o automóvel passou a ser o transporte particular por excelência e os camiões o principal transporte de distribuição urbana e suburbana de mercadorias. O porto de Luanda mudou-se provisoriamente para a frente do espaço onde iria ser edificado o Banco de Angola, enquanto foi sendo construido o porto que hoje existe, na ponta Leste da baía.
O caminho de ferro a oeste da cidade foi retirado e o aterro em torno da fortaleza, foi então aumentado para a construção das estradas marginais da Praia do Bispo e da Baía.
A ponte de estrutura em madeira para a Ilha, foi substituída por outro aterro.
Por alturas do 1º Grande Prémio de Angola, em 1957, Luanda vista da fortaleza para o largo do Baleizão, perspectiva acima repetida 4 vezes, era assim:
Após a 2ª Grande Guerra, Angola desenvolveu-se como nunca. Luanda foi alvo de um plano de reestruturação geral. As novas vias e os novos sistemas de colectores de esgotos e de águas pluviais, foram concebidos para vencer sem problemas as enchentes típicas das tempestades tropicais. Numa boa chuvada, em menos de 5 minutos as ruas ficavam transformadas em rios com altura acima dos tornozelos. Para que a água não subisse aos passeios, estes tinham mais de 30 centímetros de altura. Passada uma chuva torrencial, o sistema de escoamento de águas, secava as ruas mais depressa do que tinham sido cheias.
O desenvolvimento da cidade, tornou impossível o sacrifício das suas vias pelas corridas, mesmo poucos anos depois de ser feita a Marginal. E o Circuito da Fortaleza, correu-se pela última vez, desastrosamente e sem treinos, em Dezembro de 1969.
Na imagem abaixo, os mais de 30cm de passeio, fazem de rail contra o avanço do Carrera 6 de Andrade Villar, evitando uma tragédia ainda maior: