domingo, 29 de junho de 2008

brasucas fatelas

Não percebo a mania dos brasileiros estarem sempre a falar.
Falam a toda a hora sobre tudo e coisa nenhuma.
Parecem papagaios. E acredito firmemente, que tal como os papagaios, eles falam sem dar por isso e nem se apercebem do que dizem. Falam por uma necessidade incompreensível. Sejam dentistas, cabeleireiros, operários de armazéns, sejam o que forem. Falam pelos cotovelos.
"Ganhei" uns vizinhos brasileiros no prédio ao lado. Também eles falam que se fartam. A mulher, então, parece uma buzina. Não fala: guincha.
Ontem, tiveram visitas de outros brasileiros que chegaram a casa ao mesmo tempo que eu. E falavam alto a torto e a direito, como se estivessem a trautear um samba qualquer.
Não percebo como os brasileiros são assim. As gentes que lhes deu origem, foram sobretudo angolanos, portugueses e os nativos "índios". Destes, nenhum povo "palra" tanto como eles. Os "índios" então, são quase mudos. Claro que para o Brasil, também foram italianos e outros. Mas mesmo assim... Acho que foram contagiados pelas araras, só pode...
Então um dos visitantes, ao ver o anfitrião a pegar na chave para abrir a porta do prédio, exclama: "Você ainda usa a chave? Aqui não tem código não? Tem uns prédios com código aqui para abrir a porta! Abrem a porta com um codigozinho, viu? Não tem código, não?"
IRRA, exclamei para dentro! E aquela voz irritante, de vez em quando ecoava dentro de mim, qual música pimba: "Não tem código, não?" E continuava: "você tem de ter código, viu?" Até à histeria: VOCÊ TEIN DI TERRRR CÓDIGO, TEIN DI TERRR CÓDIGO, VIU?