originalmente postado algures...
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
terça-feira, 16 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
na ponta da língua, África
Nestas 3 semanas, despiste a pele do lobo na ponta final que felizmente manténs com o indicativo percutido takadin.
Nestas semanas, recordaste-nos uma pontinha das tuas raízes africanas através das tuas homenagens a toda a África e sobretudo, ao magnífico Andy Palacio e ao Belize's Garífuna Women's Project.
Nestas semanas, disseste: eu também sou da banda, sim.
Um abraço, António.
spacemusic: AndyPalacio ; UmalaliProject
Tinariwen - Cler Achel (from Live DVD)
tinariwen spacemusic
Nestas semanas, recordaste-nos uma pontinha das tuas raízes africanas através das tuas homenagens a toda a África e sobretudo, ao magnífico Andy Palacio e ao Belize's Garífuna Women's Project.
Nestas semanas, disseste: eu também sou da banda, sim.
Um abraço, António.
spacemusic: AndyPalacio ; UmalaliProject
Tinariwen - Cler Achel (from Live DVD)
tinariwen spacemusic
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
9/11 TV off
Hoje, não vejo televisão.
Já fiz o meu luto pelas vítimas e pelo WTC "n" vezes.
Chega.
Não quero mais.
Repugna-me essa constante memória e o "um-por-um" dos nomes relembrados.
Hoje, vou lembrar outro Setembro.
Na bebedeira colectiva e revolucionária que se seguiu ao 25 de Abril, ninguém parecia ter consciência da gravidade da situação angolana.
O poder tardava em organizar-se e as Forças Armadas voltavam as costas às colónias, razão primeira do acto revolucionário.
Em Angola, as forças de segurança e o controlos fronteiriços terrestre e marítimo "adormeceram".
Tal como ainda hoje, os manipuladores do mundo, trataram de intervir e armaram terrivelmente as forças no terreno. Uns contra o perigo comunista, outros contra o perigo imperialista. Os vizinhos Zaire e África do Sul, seguiram o exemplo.
As Forças Armadas portuguesas em Angola, apenas aguardavam a hora de abandonar o território.
Na tentativa desesperada de abandonar um lugar em guerra, os civis organizaram colunas de fuga por terra, para locais próximos mais seguros, mesmo dentro de Angola, como por exemplo para Lubango (Sá da Bandeira), Namibe (Moçâmedes) ou Luanda, mas também para o exterior, sobretudo para a África do Sul.
Essas colunas foram prontamente proibidas pelas autoridades, atitude assassina para muita gente. Pergunto eu, como se pode permitir tal a uma autoridade inoperante...
Finalmente, quando a calamidade humanitária era escandalosa, sem outra saída e num último esforço de salvar a face, foram permitidas e apoiadas as colunas.
Conheci nestas férias Carlos Monteiro, angolano, que há 31 anos era furriel do Exército português.
Contou-me a história que vos apresento, uma entre milhares, mas que retrata a situação vivida em Angola no limiar da Independência.
5.000 carros e 20.000 pessoas, números por baixo, uma coluna com mais de 100 km , 8 a 12 dias de viagem escoltada.
São estes os números da que parece ter sido a única coluna organizada e escoltada, saída de Nova Lisboa, Huambo. Constituída principalmente por habitantes locais, mas também por muitos oriundos de povoações menos seguras, que lá se haviam concentrado.
A data, 22 de Agosto de 1975.
O destino, Catuíto. No Sudoeste Africano, actual Namíbia.
À espera, uma força militar Sul-Africana, que levaria a coluna para um campo de refugiados próximo, e posteriormente para a África do Sul.
Sabia-se da preparação de uma ofensiva sem precedentes na cidade, entre o MPLA e a UNITA, esta a dominar o Huambo.
A escolta foi preparada entre o exército português e a FNLA que abriu a coluna, chefiada por Daniel Chipenda, dissidente do MPLA...
Organizou-se a logística e preparou-se tudo para as negociações que se adivinhavam, nos controlos e barramentos de estrada protagonizados pelos 3 movimentos, alguns de 20 em 20 km.
Durante a viagem, elementos do exército percorriam toda a coluna da frente para trás, para assegurar a assistência e a segurança aos viajantes.
A passagem por Menongue (Serpa Pinto) era fundamental para reabastecimento e reagrupamento.
Haviam confrontos militares na pequena cidade, e foi necessário "tomar" o local e negociar a saída das forças beligerantes. Em 24 horas, tornaram-se operacionais os serviços básicos, entre os quais uma padaria e uma farmácia que tinha sido assaltada, com os medicamentos espalhados por todo o lado, o que tornou necessária uma demorada arrumação.
8 dias após o início da viagem, chegaram ao Catuíto os primeiros veículos da coluna.
A travessia mais problemática, foram algumas dezenas de quilómetros de deserto, já perto da fronteira Sul de Angola. Foi necessário rebocar um por um, todos os veículos sem tracção total, com a intervenção dos todo-o-terreno militares e civis disponíveis.
Os últimos elementos da coluna, chegaram 12 dias após o início da viagem.
Entretanto, foram passando em sentido inverso, centenas de camiões Sul-Africanos carregados de armamento...
Terminada a operação, os militares portugueses entregaram todos os seus veículos e todas as suas armas ao exército Sul-Africano no local.
Alguns desses militares, voltaram como civis para o Huambo, em veículos que propositadamente acompanharam a coluna para assegurar o regresso.
Cerca de 20 dias depois de ter saído do Huambo, Carlos Monteiro viu aquilo que nunca imaginou quando voltasse.
A cidade estava morta e completamente destruída.
Nas ruas, o cheiro era insuportável.
Corpos de gente morta por todo o lado. Milhares. De 2 em 2 metros, um corpo. Civis quase todos. Muitas crianças também.
Carlos Monteiro reuniu os poucos haveres que conseguiu, e foi à aventura com alguns companheiros repetir a viagem para Catuíto. Desta vez, não teve ajuda de ninguém.
Huambo, tem agora, apesar de tudo, 1 milhão de habitantes.
As marcas dessa guerra mantêm-se ainda hoje, por toda a parte.
Já fiz o meu luto pelas vítimas e pelo WTC "n" vezes.
Chega.
Não quero mais.
Repugna-me essa constante memória e o "um-por-um" dos nomes relembrados.
Hoje, vou lembrar outro Setembro.
Na bebedeira colectiva e revolucionária que se seguiu ao 25 de Abril, ninguém parecia ter consciência da gravidade da situação angolana.
O poder tardava em organizar-se e as Forças Armadas voltavam as costas às colónias, razão primeira do acto revolucionário.
Em Angola, as forças de segurança e o controlos fronteiriços terrestre e marítimo "adormeceram".
Tal como ainda hoje, os manipuladores do mundo, trataram de intervir e armaram terrivelmente as forças no terreno. Uns contra o perigo comunista, outros contra o perigo imperialista. Os vizinhos Zaire e África do Sul, seguiram o exemplo.
As Forças Armadas portuguesas em Angola, apenas aguardavam a hora de abandonar o território.
Na tentativa desesperada de abandonar um lugar em guerra, os civis organizaram colunas de fuga por terra, para locais próximos mais seguros, mesmo dentro de Angola, como por exemplo para Lubango (Sá da Bandeira), Namibe (Moçâmedes) ou Luanda, mas também para o exterior, sobretudo para a África do Sul.
Essas colunas foram prontamente proibidas pelas autoridades, atitude assassina para muita gente. Pergunto eu, como se pode permitir tal a uma autoridade inoperante...
Finalmente, quando a calamidade humanitária era escandalosa, sem outra saída e num último esforço de salvar a face, foram permitidas e apoiadas as colunas.
Conheci nestas férias Carlos Monteiro, angolano, que há 31 anos era furriel do Exército português.
Contou-me a história que vos apresento, uma entre milhares, mas que retrata a situação vivida em Angola no limiar da Independência.
5.000 carros e 20.000 pessoas, números por baixo, uma coluna com mais de 100 km , 8 a 12 dias de viagem escoltada.
São estes os números da que parece ter sido a única coluna organizada e escoltada, saída de Nova Lisboa, Huambo. Constituída principalmente por habitantes locais, mas também por muitos oriundos de povoações menos seguras, que lá se haviam concentrado.
A data, 22 de Agosto de 1975.
O destino, Catuíto. No Sudoeste Africano, actual Namíbia.
À espera, uma força militar Sul-Africana, que levaria a coluna para um campo de refugiados próximo, e posteriormente para a África do Sul.
Sabia-se da preparação de uma ofensiva sem precedentes na cidade, entre o MPLA e a UNITA, esta a dominar o Huambo.
A escolta foi preparada entre o exército português e a FNLA que abriu a coluna, chefiada por Daniel Chipenda, dissidente do MPLA...
Organizou-se a logística e preparou-se tudo para as negociações que se adivinhavam, nos controlos e barramentos de estrada protagonizados pelos 3 movimentos, alguns de 20 em 20 km.
Durante a viagem, elementos do exército percorriam toda a coluna da frente para trás, para assegurar a assistência e a segurança aos viajantes.
A passagem por Menongue (Serpa Pinto) era fundamental para reabastecimento e reagrupamento.
Haviam confrontos militares na pequena cidade, e foi necessário "tomar" o local e negociar a saída das forças beligerantes. Em 24 horas, tornaram-se operacionais os serviços básicos, entre os quais uma padaria e uma farmácia que tinha sido assaltada, com os medicamentos espalhados por todo o lado, o que tornou necessária uma demorada arrumação.
8 dias após o início da viagem, chegaram ao Catuíto os primeiros veículos da coluna.
A travessia mais problemática, foram algumas dezenas de quilómetros de deserto, já perto da fronteira Sul de Angola. Foi necessário rebocar um por um, todos os veículos sem tracção total, com a intervenção dos todo-o-terreno militares e civis disponíveis.
Os últimos elementos da coluna, chegaram 12 dias após o início da viagem.
Entretanto, foram passando em sentido inverso, centenas de camiões Sul-Africanos carregados de armamento...
Terminada a operação, os militares portugueses entregaram todos os seus veículos e todas as suas armas ao exército Sul-Africano no local.
Alguns desses militares, voltaram como civis para o Huambo, em veículos que propositadamente acompanharam a coluna para assegurar o regresso.
Cerca de 20 dias depois de ter saído do Huambo, Carlos Monteiro viu aquilo que nunca imaginou quando voltasse.
A cidade estava morta e completamente destruída.
Nas ruas, o cheiro era insuportável.
Corpos de gente morta por todo o lado. Milhares. De 2 em 2 metros, um corpo. Civis quase todos. Muitas crianças também.
Carlos Monteiro reuniu os poucos haveres que conseguiu, e foi à aventura com alguns companheiros repetir a viagem para Catuíto. Desta vez, não teve ajuda de ninguém.
Huambo, tem agora, apesar de tudo, 1 milhão de habitantes.
As marcas dessa guerra mantêm-se ainda hoje, por toda a parte.
Já fiz o meu luto de 1974 a 1976, pelos mártires do colonialismo, e por todos aqueles que foram dominados à força.
Entretanto, permitia-se a matança indiscriminada em nome da independência e da liberdade...
imagem daqui
Há dias, estive com alguns angolanos que vieram pela 1ª vez a Portugal.
Eles, já fizeram o seu luto, também.
Sofreram como ninguém imagina.
Estiveram presos muitos anos por possuírem 200/300 US dolares, ou outra espécie de bens. Todos os pertences das suas famílias foram "confiscados" em nome não se sabe de quê. Alguns foram torturados, outros mortos.
Também eles, já fizeram o seu luto.
E não querem saber mais do passado.
E gostam MUITO dos portugueses. Fizeram as pazes.
Hoje, vou lembrar outro Setembro.
O de 1975.
Ignorado, completamente.
Muitos milhares de inocentes. 15 mil? Ninguém sabe. Nem os nomes.
Eram portugueses e angolanos.
Foi no Huambo.
Eu, só eu, vou fazer esse luto.
Porque não sabia, e ainda não o fiz.
originalmente postado algures em 2006/09/10
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Rock and roll can never die
"Rock and roll can never die" de "Hey Hey, My My" de Neil Young, encaixa-se na perfeição para definir "os Gully".
Mas há cerca de dois anos, seria mais apropriado o mote "Punk's not dead".
"Os Gully", foram crescendo e adaptando as suas sonoridades de acordo com as tendências dos seus membros.
Se no início construíram as suas canções sob uma estética pop e punk, mais tarde adaptaram essas mesmas canções ao hard rock.
Duarte, é o músico da banda que mantém o elo entre compositores e todos os músicos que vão passando pela banda.
Músico de formação clássica, toca todos os instrumentos, mas mantém nos Gully a sua paixão de tenra idade, a bateria.
Os restantes músicos da banda actual, são tecnicamente excelentes.
O vocalista, tem uma qualidade vocal que classificaria de impossível nos genes portugueses. Esquecendo alguns desvios à Axl Rose, faz lembrar nitidamente Ian Gillan, pelas capacidades e pelo timbre.
O EP que "os Gully" lançaram, é a primeira obra de carácter editorial da banda, apesar de ser uma edição de autor.
Outras houve, mas foram edições mais restritas.
Este EP que pode ser ouvido integralmente no GullySpace, é uma escolha ao gosto dos músicos dos Gully, pelo que representam como exercícios.
São óptimas canções de Hard Rock e de Rock'n'Roll.
Outras há comercialmente mais apetecíveis. Serão editadas em LP.
Os Gully, são uma banda de palco. Excelentes executantes, têm um público que se rende às suas performances, dançando e aplaudindo-os efusivamente. Aliás o público, define-se como fan dos Xutos.
Afinal, que melhor apreciação pode ser feita aos Gully que não a de um público que se mantém desde há 30 anos fiel à melhor banda de rock em Portugal?
O resto, são críticas de mau entendedor, de quem não gosta da música e está limitado a um estilo...
Cheers, Gully!
Outra boa apreciação, aqui.
Originalmente postado aqui, mesmo.
a felicidade
em Março de 2005 (suponho):
"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e,apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.
Percebo porquê....
Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não.
A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"
Não poderia estar mais de acordo.
Neste post, penso exactamente assim.
"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e,apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.
Percebo porquê....
Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não.
A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"
Não poderia estar mais de acordo.
Neste post, penso exactamente assim.
domingo, 7 de setembro de 2008
época romântica da aviação
Neste post : Sempre gostei de aviões e do ambiente dos aeroportos.
Em Luanda, faziam-se serões na esplanada do aeroporto.
Aquele espaço e aquele ambiente eram muito agradáveis e elegantes.
Até o movimento próprio do aeroporto, dos passageiros, das mercadorias, das chegadas e das partidas espaçadas e ordenadas dos aviões era elegante.
Sei agora, que esse ambiente corresponde na linguagem dos apreciadores das viagens de avião, à "época romântica da aviação".
Em Luanda, faziam-se serões na esplanada do aeroporto.
Aquele espaço e aquele ambiente eram muito agradáveis e elegantes.
Até o movimento próprio do aeroporto, dos passageiros, das mercadorias, das chegadas e das partidas espaçadas e ordenadas dos aviões era elegante.
Sei agora, que esse ambiente corresponde na linguagem dos apreciadores das viagens de avião, à "época romântica da aviação".
A "época romântica da aviação", corresponde ao período do pós 2ª Grande Guerra.
Tratou-se da expansão da aviação comercial a todo o mundo, associada a estéticas "modernista" e "internacional" de extremo bom gosto.
Essa época, é a primeira alternativa nas viagens intercontinentais, dominadas até então pelas companhias de navegação marítima.
Destinava-se à elite, não pelos custos impostos, mas necessários.
Começou com aparelhos a hélice, turbo-hélice e vingou finalmente com os grandes aviões a jacto: Boeing 707 e DC8 (os maiores desse tempo, com capacidade para cerca de 100 passageiros).
Haviam as companhias "de bandeira", orgulho de todos os seus países.
Os aeroportos eram arquitectados como verdadeiras portas de entrada e salas de visitas.
Dessa época, guardo algumas recordações, como pequenos utensílios de refeição de bordo, carteiras de toalhetes, postais...
O sucesso da aviação comercial foi tal, que terminou com as companhias de transporte de passageiros por mar.
Mas também terminou com essa época dourada da aviação.
Hoje, os aeroportos e os aviões são todos iguais e incaracterísticos. São antiterrorismo, assépticos, claustrofóbicos e desumanos.
Os aeroportos parecem hipermercados... E os aviões de uma cor só e com grandes letras, parecem os carrinhos desses hipermercados...
originalmente postado aqui, mesmo
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
:-) Bom Dia ! Boa Semana !
Catatonia "Dead from the waist down" originalmente postado aqui |
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